Você sabe a diferença entre ser um empreendedor, ter um negócio próprio e um hobby? Pois bem, vamos lá que eu vou tentar explicar o mais simples possível, porque parece que tem empreendedores que acreditam que ter um negócio é hobby, diversão pura = a falta de responsabilidade.
Hobby é algo que você, geralmente, faz nas horas vagas como uma forma de lazer, de diversão, para aliviar a mente do estresse e agitação do dia a dia.
Pode ser coisas simples como assistir seriados na TV, ler livros que não tenham nada a ver com a sua atividade profissional, ir ao cinema, visitar shoppings {não é mulheres?}, praticar uma atividade física, ir à parques, museus, bordar, cozinhar, fazer crochê, etc.
Entende-se por hobby tudo aquilo que NÃO está relacionado direta ou indiretamente ao seu negócio. O meu hobby, por exemplo, é fazer nada. Apenas respirar. E, por enquanto, estou bem feliz assim.
Agora, de alguns anos para cá, há uma tendência forte em transformar hobby em trabalho. É o tal do “faça o que você ama e não precise trabalhar nunca mais” {essa frase me soa como se trabalhar fosse algo absurdamente horrível, horripilante e que todos nós devêssemos fugir!}. Nada contra. Sou super a favor da gente ser cada vez mais feliz em todas as áreas da nossa vida. Mas, quando o hobby transforma-se em negócio, ou seja, quando o empreendedor ouve todo mundo que diz: “ah, mas você cozinha tão bem, deveria ganhar dinheiro vendendo isso”; ou ainda “nossa, você sabe dar conselhos tão sabiamente, porque não faz um curso de coaching pra ganhar dinheiro trabalhando com isso?” e decide, finalmente, seguir rumo ao seu sonho de criança {que ele nem sabe se é isso, mas tanta gente falou na cabeça dele que passa a ser uma verdade!}, em várias situações, ele acaba esquecendo de “virar a chave”, como eu gosto de dizer, do momento hobby para o momento empreendedor.
Porque há uma grande diferença e distância entre “cozinhar por hobby” e “ser dono de um negócio que fornece comidas variadas para eventos”, vamos combinar, né?
Pois é, mas tem gente que não vira essa chave. Que acredita que, mesmo assumindo compromissos com potenciais clientes – ou clientes reais – não entrega, não atende, não realiza. “Mas a pessoa se comprometeu em estar aqui às 14h e já são 16h e ela não chegou. Cadê a responsabilidade?” é a primeira coisa que eu penso – e às vezes grito bem alto de raiva!
Imagina que você contratou alguém para servir comida na festa do seu filho e, 2 horas antes esse “empreendedor” te manda uma mensagem dizendo que não conseguiu fazer os salgadinhos e não vai. Oi? Como assim? “Tem 15 crianças chegando em menos de 2 horas e você não vem?”
Não!
E você precisa se virar nos 30 para conseguir atender sua necessidade porque alguém acreditou que um hobby poderia tornar-se um empreendimento.
{Essa situação é hipotética, viu gente. Fiz o aniversário do meu filho na semana passada e quem fez a comida foi a minha sogra. Ai dela se me deixasse na mão…..rs!}
Mas, situações semelhantes já aconteceram em eventos em que estava presente e, além de chocada com a falta de profissionalismo desses pseudos-empreendedores, vi o total profissionalismo dos organizadores em reverter a situação e não deixar ninguém perceber o ocorrido.
Mas, a grande questão é: se empreender não é o mesmo que hobby, como virar a chave e transformar aquilo que você gosta de fazer e faz muito bem em algo rentável? Entre algumas formas, está a atitude empreendedora que todos os donos de negócio tem. E uma delas tem um nome que eu gosto muito – RESPONSABILIDADE!
Esse post foi escrito originalmente por Priscila Tescaro
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